quarta-feira, 12 de maio de 2010

Por quanto tempo o 3D vai salvar a indústria?


Existem diversos motivos para se odiar o 3D. Porém, ninguém pode negar que o gênero pode dar uma nova sobrevida para a indústria cinematográfica. A questão é: até quando?

Existem diversos motivos para se odiar o 3D. Porém, ninguém pode negar que o gênero pode dar uma nova sobrevida para a indústria cinematográfica. A questão é: até quando?

Para começar a gente precisa entender que a distribuição nem sempre uniformiza o consumo cultural, mas é justo dizer que no Brasil o mercado vem se tornando mais próximo do padrão norte-americano quando o assunto é cinema.

Afinal, nossas salas não têm tanta diferença dos EUA oferecendo essa mesma tecnologia, que promete dar a tônica do cinema comercial nos próximos anos. Logo, boa parte do que os consumidores daqui querem, os de lá também.

E o que queremos? Entretenimento, diversão e bom cinema. Isso independe da dimensão que a história aparece. Aliás, a tecnologia normalmente é um recurso de Hollywood para surpreender e resgatar seus espectadores. Lembrem-se de como era o cenário com o advento do widescreen, som estéreo e 3D, aperfeiçoado depois de um raso início nos anos 90.

O 3D mascara uma enxurrada de filmes ruins na indústria, problemas bizarros na distribuição que fingem que não existe aquela parada lá, a internet e, finalmente, um certo desrespeito com o consumidor no ato de ir ao cinema.

E, na boa? Não vai ser o 3D que vai resolver isso não.

Cedo ou tarde, a tecnologia 3D se populariza e se barateia para as pessoas verem filmes em casa, o que será mais barato. Aliás, dependendo da sua frequência já nem é tão mais caro.

E o que a indústria vai criar quando o 3D deixar de ser novidade?

Antes de gerar novas trapizongas para encarecer o ingresso, Hollywood precisa fazer o dever de básico e renovar todo processo de distribuição cinematográfica. E isso pode ser bem perigoso para o cinema que conhecemos.

Sou absolutamente a favor de inovações tecnológicas como o 3D, que agregam novas possibilidades (que o gênero tridimensional ainda não descobriu, aliás). O que sou contra é depender exclusivamente delas para salvar uma indústria cultural calcada em contar histórias.

E vocês o que acham?

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