sábado, 5 de junho de 2010

Publicidade e Copa do Mundo

Futebol é coisa séria, muito séria!

Época de Copa do Mundo. Não precisamos fazer muito esforço para saber que é um tempo diferente. Todas as peças publicitárias, todas as empresas, enfim, tudo está voltado para o maior evento esportivo do planeta.
A oportunidade está aí, aproveita quem quer. Entretanto, um bom planejamento é essencial para que não se dê um tiro no pé.

A Fenapro através dos Sinapros alerta as agências associadas quanto ao material publicitário que possa estar sendo criado/produzido, tomando a Copa do Mundo e/ou a Seleção Brasileira como referencial criativo, para clientes/anunciantes que não se classifiquem como patrocinadores do evento ou da Seleção


A Fenapro enfatiza a necessidade das agências terem cautela com material de anunciantes que não sejam patrocinadores do evento e/ou da Seleção.

Em caso de dúvida, o layout dos mesmos deve ser submetido ao Departamento Jurídico do Anunciante que assinar os anúncios, previamente, para liberação.


Junte um estádio lotado, uma torcida que grita ensurdecedoramente, um jogador concentrado para bater o pênalti e, finalmente, um gol. Cena perfeita para um comercial, certo? Errado. Segundo executivos de agências de publicidade consultados pelo G1, o desafio para acertar na publicidade em época de Copa do Mundo, que este ano acontecerá na África do Sul, é justamente fugir dos clichês futebolísticos e conseguir transportar as características e o olhar próprio de cada marca para o tema.
“O que a gente tem feito é falar da Copa do sempre do ponto de vista da marca, não falar da Copa pela Copa, que a maioria das propagandas e anúncios faz. Até para a gente poder ter uma lente que faça sentido para a marca e que faça sentido para o consumidor”, explica o diretor geral de atendimento da agência Africa, Marcelo Passos, que faz campanhas para empresas como Itaú, Ambev e Procter & Gamble.

"A pressão é grande para você não fazer propaganda com uma torcida, uma bandeira e musiquinhas. O problema é que fica muita gente falando sempre a mesma coisa, é preciso falar de Copa para aquela marca, senão você vira paisagem e não se sabe se aquela peça é da emissora ou do concorrente", diz a diretora nacional de mídia da F/Nazca, Lica Bueno, responsável pela publicidade da Nike e da Skol, entre outras.


Para cumprir a tarefa de apresentar uma campanha diferenciada, o mercado publicitário concentra esforços que começam muito tempo antes do lançamento das peças.

“[O mercado publicitário] começa a trabalhar a próxima Copa quase quando termina a atual. Você usa esses quatro anos para trabalhar, claro que não tão intensamente, mas pelo menos com um ano de antecedência você já está forte nos desenvolvimento das suas propostas para a Copa”, afirma o presidente e sócio da DM9DDB Alcir Gomes Leite, que diz que o volume de trabalho cresce em torno de 25% no período do evento esportivo.
Crescimento e identidade

Tanto esforço vale a pena: eventos importantes, como a Copa do Mundo e as eleições, devem garantir crescimento de 12% ao mercado publicitário no Brasil em 2010. “Esse é um ano midiático”, diz Luiz Lara, presidente da Associação Brasileira de Agências de Publicidade (Abap), que vê foco mais em campanhas “embrulhadas” em conceitos do que na venda direta de produtos.

“No ano passado, por conta da crise, as campanhas eram mais práticas, visavam as vendas imediatas. Agora são campanhas mais temáticas, que usam as emoções e associam as marcas a este grande evento”, diz ele.

Campanhas 'conceituais', no entanto, precisam também ser boas de vendas. "Está todo mundo querendo vender mais. Você trabalhar mais o conceitual, não significa que você não vai estar abrindo mais conta no banco, é uma venda embrulhada em um conceito, o que faz com que sua marca ganhe força", diz Passos, da Africa.
A série de vídeos para a Copa do Mundo da cerveja Brahma, da Ambev, por exemplo foi pensada pela agência Africa para ser coerente com a série 'Brahmeiros', criada há mais tempo.

"Os filmes têm o olhar da Brahma sobre a Copa: a de que a torcida está do lado da seleção, desde que eles sejam guerreiros", conta Passos, que diz que a inspiração para a campanha veio das críticas dos brasileiros ao desempenho 'salto alto' e de desânimo dos jogadores do Brasil durante os jogos na Copa de 2006, na Alemanha.


Marca nas redes

Além de tanta originalidade, a Copa deste ano tem um fato inédito: é a primeira que acontece sob o 'reinado' das redes sociais e das mídias digitais como Facebook, Twitter e YouTube, que exigem campanhas específicas e uma linguagem e dinâmica bem diferente do que se fazia para TV, jornais e revistas.

"Dizem que essa vai ser a Copa das redes sociais", diz Passos, da Africa, que prepara diversas ações relacionadas ao evento nesses meios. Fora da Copa, publicidade para redes sociais já deixou de ser tendência e é realidade. Um exemplo é a campanha 'El Xavecón', campanha criada para a Gilette, da Procter & Gamble, que dá uma viagem à África do Sul para quem 'xavecar' melhor em portunhol três argentinas por vídeos postados no YouTube e divulgados no Twitter e no Facebook.

"Eu não acredito que tenha alguma marca com alguma relevância que não esteja considerando mídias sociais na hora de fazer uma campanha", diz Alcir Gomes Leite, da DM9DDB, que lançou na internet um vídeo viral com o jogador Ronaldo para divulgar o Guaraná Antarctica. "As mídias sociais são uma realidade absoluta".

Para cuidar da relação da Skol com as mídias sociais, a F/Nazca mantém jornalistas designados especialmente para estimular a interação com os internautas, desde nas grandes redes de relacionamento até em blogs menores que tenham alguma relação com o mundo das cervejas.




Em Berlim, no ano de 2006, a FIFA revelou o logo para esta Copa 2010, na África do Sul. Segundo a entidade, além de ser um símbolo de esperança, a intenção é mostrar um país dinâmico e de olho no futuro, ao contrário das muitas percepções que as pessoas têm da África. O que vocês acharam da logo? Será que realmente conseguiram passar a proposta desejada?


E quanto a música tema da Copa? Sinceramente, ficou muito legal. Tem um ritmo muito empolgante e é muito bem feita. Pra quem ainda não viu , confira. E pra quem já viu, vale a pena ver de novo.


Lembrando que a música é Wavin’ Flag, do cantor de Hip-Hop K’Naan. Vale citar que esse ritmo já é bastante conhecido nos comerciais da Coca-Cola.



Deem suas opiniões. E claro, não esqueçam de fazer muita festa e torcida para o Brasil. É a Copa do Mundo 2010.

A Agência fica por aqui, e voltamos no próximo semestre. Boa sorte na A2.

quarta-feira, 2 de junho de 2010

A Crise da Blogosfera


No começo, na época dos protótipos do que conhecemos hoje como blogs, na época do zip.net, bligs, e o ridículo fotolog (que acho que só pega AQUI no Brasil até hoje) quem dominava praticamente toda a “blogosfera” – acho que esse termo nem existia ainda – eram os blogs miguxos, os execráveis diarinhos que utilizavam da ferramenta blog como um conteúdo adicional ao seu trabalho na mídia impressa ou na TV. Alguns exemplos disso são alguns blogs de gente como o Marcelo Tas e o Danilo Gentili do CQC, o Milton Neves e o Mauro Betting da Band e alguns outros.

A concorrência acontecia sim, mas cada qual na sua área de abrangência, ou seja, blogueiros medíocres disputando audiência com blogueiros medíocres e jornalistas “profissionais” e “consagrados” brigando entre si. Depois disso, quando teve o boom dos blogs, em que realmente TODO MUNDO, tinha um blog a coisa acirrou de vez. E ai muita gente começou a ter pretensões maiores do que apenas se divertir e falar do que gostava, o negocio agora é chamar mais e mais leitores e tornar-se “relevante” para um mundinho virtual onde ninguém realmente conhece ninguém e nada importa.

E a grande imprensa jurássica e tacanha, depois de taaaaaaanto tempo finalmente viu que a internet poderia atrair potenciais leitores de volta aos veículos impressos por meio dos blogs. O resultado disso é que até gente como o Neto, ex-jogador do Corinthians e “comentarista” boçal da Band hoje tem um blog. Todo mundo da mídia que é “alguém” ou que acha que é tem um blog e é ai que a verdadeira competição começou de vez.

Porque teve uma época ai, se não sei se vocês lembram, mas diversos jornalistas ociosos e enciumados (redundância) que ficaram raivosos por alguns blogueiros de quinta estarem conquistando um espaço maior entre a audiência, que trocou a forma impressa pela tela do pc. E começaram uma serie de ataques vindo de todos os lugares pra tentar queimar de vez o filme dos blogueiros, numa atitude que passa longe – e muito – da tal “ética jornalística” simplesmente por colocarem suas vaidades e ciumeiras acima do foco da questão.


Agora uma coisa que eu queria muito falar aqui: eu acho que o papel principal que a blogosfera deveria desempenhar, ao contrario do que é a quase totalidade retardada de hoje, era de ser uma fonte alternativa de conteúdo, propostas e idéias. E que tudo isso fosse de sentido oposto justamente à grande mídia “formadora de opinião”, suas manipulações e seus dogmas pré-estabelecidos. Deveriam ter mais blogs de posicionamento critico, contestador e contemporâneo, sem o ranço tradicional da imprensa tacanha, conservadora e defasada. Mas o que acontece é o contrario: todos começam a escrever na internet e que depois de um tempinho reúnem um séqüito de bajuladores passa a se dedicar paraa adentrar algum grande portal ou ser agregado por qualquer Yahoo ou uma MTV da vida.

E todo mundo sabe que a renovação não vem daqueles que se vendem barato e baixam a cabeça na primeira oportunidade, mas sim da contestação e da derrubada de valores antiquados e que não funcionam mais. Tipo, não só aqui no Brasil, mas em vários outros paises no mundo, em outras épocas tiveram movimentos alternativos ao que rolava na mídia até então. Bons exemplos disso são revistas como a MAD americana e a ZAP! Comics que cada qual em sua devida época batiam forte no tal “american way” e na hipocrisia que sempre rolou forte nos Estados Unidos. Essa galera utilizou os quadrinhos como veículo de critica contra as autoridades e o governo, detonando-os e menosprezando totalmente a cultura de massa e os costumes de sua sociedade decadente de forma acida, visceral e o mais importante: confrontadora.

Diversos autores de fora das grandes panelas como Kurtzman, Crumb, Clowes e outros hoje são devidamente respeitados e reconhecidos pela sua obra, não por se submeterem como insetos e cordeiros vendidos, chatinhos e burocráticos, mas por destoarem o que geralmente é o estado natural de uma sociedade bovina e conformista. Esses caras foram responsáveis pro toda uma renovação cultural e devido à influencia que exerceram em outros artistas, os quadrinhos – e mesmo a mídia em geral – chegaram a novos horizontes, novas soluções que talvez nunca tivessem sido encontradas se esses “malucos” não tivessem chegado e metido o dedo na ferida.

Aqui no Brasil, principalmente nas décadas de 70 e 80 tivemos alguns projetos do que rolou nos states. O problema é que esses suplementos literários, revistas alternativas e jornais “irreverentes” (o Pasquim, Chiclete com Banana, Circo, etc.) que expressavam opiniões e idéias opostas aos governos vigentes, sempre estavam nas mãos duvidosas dos, digamos assim, “intelectuais” brasileiros, ou seja, a elite branca enfadonha e entediada, logo, não tinha como algo assim ter 100% de credibilidade. Alem do fato de que todas essas manifestações culturais / intelectuais ficavam restritas ao seu próprio meio e de nunca ter sido voltada a grande massa, pois parecia que não queriam de propósito se fazer entender. Resumindo: no final das contas, tudo não passava de uma brincadeira de universitários playboys metidos à revolucionários (praga essa que existe até hoje) que se contentavam em ter uma meia dúzia de puxa. E isso é a verdade absoluta, pois como todos sabem, nenhuma dessas iniciativas foi pra frente, tampouco duraram muito tempo. Mas a “reputação”, essa perdura até hoje.

Independente de quem estava por trás desses “movimentos” e suas reais intenções, fora a sua comprovada incompetência e falta de compromisso, essas manifestações foram todas barradas por três fatores determinantes:

1 - falta de um real investimento ($$$);

2 - segregação territorial ou o popular bairrismo: geralmente o acesso a essas coisas ficavam restritas às suas cidades no máximo;

3- conteúdo altamente intelectualoide, o que num país como o nosso, acaba restringindo em muito o alcance desse tipo de material, já que o povinho daqui no máximo consegue assimilar o “humor” da Praça é Nossa e do Zorra Total. Casseta e Planeta já é “cabeça” demais, para você sentir o drama.

E o que tudo isso tem a ver com os blogs? Muito simples: hoje os blogs poderiam muito bem desempenhar o papel dessas iniciativas frustradas do passado. E muito melhor na verdade, já que o alcance agora é mundial: qualquer um pode acessar conhecer, te ler em qualquer lugar do mundo. Mas não

O interesse maior, SEMPRE, será o sobre a vida privada. O post mais visitado é aquele pessoal, onde o cara aproveita pra se promover, soltar lorotas da sua vida pessoal pra despertar interesse nos que acessam sua página.

O blog é o ÚNICO meio de expressão realmente livre, mas é desperdiçado com gente sem importância escrevendo besteira 100% descartável. Hoje em dia só tem espaço aberrações como a tal da “discussão saudável” que é a filosofia que mais se vê na internet.

É muito simples: o que você DEVE fazer é dizer JUSTAMENTE aquilo que esperam que diga se quiser agradar todo mundo e falar o contrário se quiser arrumar encrenca e ser odiado por todo mundo. Quer um exemplo? Se numa suposição, eu disser que acho uma pena que tenham acabado com a ditadura no Brasil, todos os livres pensadores, o pessoal dos direitos humanos, enfim, essa galerinha do politicamente correto vão querer me arrancar os olhos da cara literalmente. No entanto, eles próprios, encarnam uma infame ditadura e adoram esse tipo de coisa, esse “poder” de amordaçar as vozes dissonantes do discurso padrão.

Não que apenas protestar per si geralmente resulte em alguma coisa, mas ninguém o faz de forma alguma.

E para fechar de forma definitiva este assunto da blogosfera adesista, uma malhada no principal culpado disso tudo: o leitor. Sim, isso mesmo. Afinal, somos TODOS NÓS que alimentamos isso tudo toda. Somos nós que compramos jornais, revistas e acessamos os sites e blogs. Dessa forma, somos nós que acabamos decidindo quem são os “melhores”, os mais “relevantes”, etc. Talvez se todos tivéssemos mais coerência, maturidade, critério e bom-senso saberíamos separar o que presta do lixo e mandá-los ao seu devido esquecimento. Não se contentar em apenas ler textos rasteiros de uma linha ou duas e distinguir um blog de conteúdo decente de um empulhador.

O que deveria acontecer na verdade é o fim dessa historia de os “melhores”, os “tops”, pois esse é um conceito defasado. Com a atual dispersão / descentralização quase total da informação e a imprensa tradicional aderindo cada vez mais ao esquema dos blogs esses julgamentos não se sustentam. Afinal, o que pode ser bom pra um blogueiro pode ser uma droga para um jornalista. Não dá mais pra conceber nos dias de hoje que haja uma minoria privilegiada que possa ostentar o titulo de os “campeões”, os “melhores do todos”, isso é uma besteira. É bem provável que daqui a alguns anos os blogs ocupem de vez o lugar dos veículos de imprensa atuais, mas tomara que daqui até lá esses caras deixem de repetir sempre a mesma conversa fiada, se tornem mais autênticos e íntegros e que mudem suas cabeças tacanhas aprendendo a aceitar o direito de cada um ter a sua própria opinião, por mais diferente que seja e que deixem suas presunções e o oportunismo inescrupuloso um pouco de lado.

Marvel quer fazer grande comemoração para nova edição 1 de X-Men



A Marvel Comics quer repetir o sucesso de X-Men #1 - o lançamento da série mutante em 1991, por Chris Claremont e Jim Lee - com uma nova X-Men #1 este ano. O dia 8 de julho será o X-Men Day, divulgou a editora a fãs e lojistas.

A editora está inclusive reutilizando a estratégia de capas alternativas que lhe valeu vendas estimadas de 8 milhões de exemplares em 2001. A nova X-Men #1 será lançada com cinco capas alternativas.A nova série dá início à saga dos vampiros contra mutantes, que a Marvel já vem divulgando que se alastrará para o resto de seu universo. Victor Gischler e Paco Medina, que têm em seu currículo principalmente Deadpool, serão os autores.

A antiga série simplesmente chamada X-Men mudou de nome para X-Men: Legacy na edição 208, em 2008, e continuará sendo publicada.

Enquanto isso, uma empresa de publicidade coloca uma luz no filme do Lanterna Verde



A Allied Integrated Marketing, empresa especializada em promoções, publicidade e propaganda para muitos grandes estúdios de cinema, entre eles a Warner Bros, liberou a sinopse do filme Lanterna Verde para alguns sites, e ela acaba dando algumas informações mais precisas sobre o filme, que até então permaneciam em sigilo... Confiram:

Num universo tão vasto e misterioso, uma força pequena mas poderosa já existe há séculos... Protetores de paz e justiça, eles são chamados de A Tropa dos Lanternas Verdes. Uma irmandade de guerreiros sob juramento para manter a ordem intergaláctica. Cada Lanterna Verde usa um anel que lhe confere superpoderes. Mas quando um novo inimigo chamado PARALLAX ameaça destruir o equilíbrio do Universo, o seu destino e o destino da Terra está nas mãos de seu mais novo recruta, o primeiro ser humano a se tornar um Lanterna Verde: Hal Jordan (Ryan Reynolds). Hal é um piloto de testes talentoso porém arrogante, e os Lanternas Verdes têm pouco respeito pelos seres humanos; nenhum deles recebeu os poderes infinitos do anel antes. Mas Hal é claramente a peça que faltava para o quebra-cabeça, e junto com sua determinação e força de vontade ele tem uma coisa que nenhum membro da Tropa jamais teve: humanidade. Com o incentivo da piloto e querida amiga de infância, Carol Ferris (Blake Lively), Hal deve dominar rapidamente seus novos poderes e encontrar força para superar seus medos, e assim revelar-se não só a chave para derrotar Parallax ... mas se tornar o maior Lanterna Verde de todos.
Enquanto o mercado começa a cair, DC Comics vai aumentar preço de HQs

A DC Comics anunciou que todas as suas HQs que ainda custavam US$ 2,99 (R$ 5,60) passarão a custar US$ 3,99 (R$ 7,50) em agosto. Será o preço base para os gibis de 32 páginas (22 de história), os mais comuns da editora.

A DC já havia adotado o valor de US$ 3,99 em vários de seus títulos, compensando com o aumento de páginas para histórias secundárias. Agora, mesmo as HQs com uma única história passarão para US$ 3,99.

A notícia sai na mesma semana em que o site Bleeding Cool destaca uma retração de 20% em unidades vendidas no mercado de quadrinhos no período de um ano, comparando os dados da distribuidora Diamond Comics de abril de 2009 e abril de 2010 dos 300 gibis mais vendidos. Ou seja, o aumento dos preços estaria aí para compensar a diminuição do volume de vendas.

O Bleeding Cool ressalta, porém, que não se pode dizer que o mercado de quadrinhos como um todo está em retração, pois as vendas da Diamond representam praticamente apenas comics shops - e não entram livrarias, vendas internacionais, assinaturas e outros pontos de venda. De qualquer forma, notícias recentes, como da retração do mercado de mangás, não tornam as coisas mais animadoras.

A Marvel, por enquanto, não adotou US$ 3,99 como preço mínimo. Os previews de agosto da editora ainda trazem vários títulos a US$ 2,99. Mas é possível que tome o mesmo caminho em breve.

Por aqui, a coisa também não anda boa...


Mythos vai encerrar série de Conan no Brasil


A editora Mythos vai cancelar a série mensal Conan o Bárbaro na edição 76, que chega às bancas nos próximos dias. Será a primeira vez desde 1984 que Conan não terá uma revista mensal no Brasil. O motivo é a queda nas vendas.

terça-feira, 1 de junho de 2010

Que tipo de profissional é você? Pergunta ajuda a lidar com a pressão no trabalho



SÃO PAULO – Encaminhar, desacomodar, capacitar e reter. Os quatro verbos são utilizados pelo consultor organizacional Ricardo Piovan para relacionar os profissionais

aos comportamentos que eles têm diante da pressão exercida pelo líder no ambiente de trabalho.

De acordo com o consultor, existem quatro tipos de comportamentos que podem ajudar ou atrapalhar o desenvolvimento da carreira. Segundo Piovan, o comportamento é o

principal motivo que gera demissão e não os conhecimentos técnicos ligados à área de atuação do profissional. “O que está impedindo as pessoas de se desenvolverem

não é a parte técnica, é o comportamento, talvez a arrogância e a falta de iniciativa”, afirmou.

Tudo isso está ligado a um fator que cada vez mais ganha espaço e se valoriza dentro das empresas: a resiliência. “A resiliência está ligada ao comportamento. É a

capacidade humana de passar por pressões, por dificuldades, e, mesmo assim, continuar dando resultados positivos”, explicou Piovan. A resiliência foi o tema discutido

pelo consultor em palestra realizada para o ConviRH – Congresso Virtual de Recursos Humanos.

Da Física para o RH

Piovan explicou que a palavra resiliência veio da Física e refere-se à capacidade de um material de acumular energia e, após pressão, voltar ao seu estado normal, sem

deformações. Com os profissionais ocorre o mesmo, porém, os que conseguem ser resilientes não voltam totalmente ao estado anterior.

A Psicologia apropriou-se do termo da maneira como o RH (recursos humanos) entende hoje. “O profissional resiliente tem a capacidade humana de absorver a pressão,

superar isso e retornar ao seu estado normal, mas com mais conhecimento”, ressaltou o consultor.

Parece simples, mas Piovan explicou que não é fácil atingir altos graus de resiliência no trabalho. Primeiro porque não percebemos totalmente os nossos comportamentos

para corrigir o que está errado. “Nós percebemos apenas 10% de nossas atitudes e controlamos apenas isso”, disse.

Não controlamos a maior parte, ou 90%, do modo como agimos e realizamos nossas tarefas, exatamente porque não percebemos. “O problema é que nesses 90% existe

muito comportamento limitante”.

Além disso, a resiliência dependerá do perfil do profissional. “Algumas pessoas demoram para superar essa pressão, e, com isso, demoram para dar resultado”, afirmou o

consultor. “O resiliente supera rápido a situação e, mesmo nesse tempo curto, ele continua dando resultados positivos”, completou.

Cada profissional, uma ação

Segundo Piovan, existem basicamente quatro tipos de profissionais nas empresas. O que não dá resultados e não busca conhecimento; o que dá resultados, mas não

busca aprimoramento; o que dá resultado e se deu conta da importância da busca por aprimoramento; e o que dá resultados e busca frequentemente aprimoramento.

No primeiro caso, o consultor emprega o verbo “encaminhar”. “Encaminhar para fora de empresa. Um profissional com esse perfil não serve para trabalhar em uma empresa

que quer desenvolvimento”, disse.

Para profissionais que dão resultados, mas não buscam mais conhecimentos, o consultor emprega o verbo “desacomodar”. “Esse profissional se limita a fazer aquilo que

ele conhece. Porém, uma hora, ele para de dar resultados”. Principalmente quando tem de lidar com líderes e colegas que estão uma geração à frente da dele. “Ele precisa

ser convidado a sair da zona de conforto”.

Se esse tipo de funcionário se der conta da importância de se aprimorar, então, ele se enquadra em outra categoria, a dos profissionais que dão resultados e começaram a

buscar conhecimentos. “Para ele, o verbo é capacitar. Ele acordou. Há uma grande tendência desse profissional conseguir novos resultados”. E migrar para outro patamar,

o do profissional que dá resultados e se aprimora constantemente.

Esse é o tipo de profissional que quer novos conhecimentos para melhorar cada vez mais. “Ele busca fazer mais barato, mais rápido e com mais qualidade”, explicou

Piovan. Para esse profissional, o verbo é reter. “Eu preciso segurar esse profissional na empresa, porque ele a faz crescer. Esse é o grande talento”.

Quando o assunto é resiliência, entender esses perfis é entender a maneira como o profissional se comportará diante da pressão. Quanto mais perto do verbo “reter”, mais

resiliente é o profissional.

De olho nas emoções

É importante você fazer uma autoanálise se quiser lidar bem com as pressões no trabalho. Identificar em qual perfil você se enquadra e alcançar o patamar do profissional

que dá resultados e busca constantemente ser melhor requer também saber lidar com os sentimentos que os problemas no ambiente de trabalho costumam gerar.

“A pessoa resiliente sabe que o problema não é o problema, é a atitude que ela tem diante dele”, comentou Piovan. O resiliente tem uma atitude positiva diante do

problema, mas, antes disso, ele lida com sentimentos como alegria, tristeza, raiva e medo. “Tanto o resiliente como o não resiliente sentem essas emoções. A diferença é

que o não resiliente utiliza os aspectos negativos desses sentimentos”.

Perceber os dois lados de cada sentimento como esses pode ajudar, porque, de modo geral, o lado negativo costuma “travar” o profissional, enquanto que o positivo faz o

profissional agir. Piovan explica que o lado negativo do medo é a paralisia. “O positivo é a precaução, que gera ação”.

Já a tristeza faz com que os profissionais se comportem como vítimas. “Há um prazer nesse processo de vitimização, mas paralisa”. O lado bom desse sentimento é a

reflexão. Ela pode mostrar em que pontos estamos errando.

“A raiva é um dos sentimentos que mais vemos dentro das corporações”, disse o consultor. O seu lado negativo é a busca por culpados. “ Enquanto você fica procurando

culpado, você não age”. Já o lado positivo é semelhante ao da alegria. “A energia que a raiva movimenta faz com que o profissional aja de maneira assertiva”.

Mudando o comportamento

Para o consultor, é possível mudar o comportamento a fim de ser mais resiliente. Para isso, primeiro, é preciso perceber o sentimento que faz esse profissional “travar”.

“Busque o lado positivo da situação. Olhe para cada comportamento errado e pergunte-se: o que eu preciso fazer para resolver isso?”.

Nietzsche - Super Homem, Além do Homem