Já era previsível que a série da NBC não recomeçaria seus trabalhos. Melancolicamente, Heroes acaba na quarta temporada após começar de forma avassaladora e ir perdendo audiência e qualidade em queda livre nesses tempos. É o fim do seriado e de uma era da TV.
Com fama de ser mais baixada do que assistida, Heroes jamais recuperou os números da primeira temporada. Os produtores conversam com a NBC para filmarem um capítulo único que encerre a história. Seria justo com os fãs que acompanharam a produção e conseguiram fazer ela chegar até aqui.
Com o final da série, se consolida uma era do fim de produções que marcaram uma transição do ramo audiovisual: quando o cinema foi perdendo relevância para a TV. Além de Heroes, vemos o final de Lost e 24 Horas no horizonte. Antes disso vimos o final de Battlestar Galactica que marcou esta jornada.
Algumas pessoas vão pensar que o fim dessa era, significa um período de decadência dos seriados. Acho que não. Fringe já desponta como a grande série dos próximos anos acompanhada de apostas que podem dar certo como V e outras que não emplacaram como FlashForward. Isso para não falar de Smallville que chegou no início dessa fase, ainda não dá sinais de vitalidade e é mais influente para quadrinhos e TV do que o último filme do Superman (e que também não vai acabar nunca).
Nessa nova era, a exigência do público cresceu. Depois de Lost, é difícil imaginar outra produção que consiga se integrar tão bem a outras mídias e gerar o buzz que o seriado de JJ Abrams conseguiu. O patamar vai ser mais alto.
O lado bom é que a TV é um meio muito mais próximo de se adaptar ao crescimento da internet do que o cinema, em que Hollywood aposta boa parte de suas fichas no fenômeno 3D e nas mesmas idéias. Os seriados que acabam deixam saudades, mas vamos torcer para que Fringe, Supernatural e os que vêm por aí mantenham o nível. É hora de uma nova geração de histórias.
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