Porque alguém do departamento comercial –nem importa revelar o nome– solicitou que o artista SS abrisse um intervalo a mais no seu programa dos domingos, o empresário SS, dono do SBT, contrariado, resolveu baixar uma nova ordem delimitando o número de "breaks" de toda a programação.
Ordem que passou a vigorar a partir do dia de ontem.
Programas com 60 minutos de duração deverão abrir três intervalos e nenhum poderá superar quatro minutos e meio. A prioridade será sempre do departamento comercial. Havendo clientes necessários para ocupar o espaço, não serão veiculadas chamadas.
Programas de 30 minutos terão dois intervalos, também com quatro minutos e meio, valendo as mesmas regras para os seus preenchimentos.
A exceção, claro, os domingos, dia que o apresentador Silvio Santos vai ao ar. “Domingo Legal”, “Eliana” e “PSS”, todos com mais de 4 ou 5 horas, terão no máximo quatro intervalos com os mesmos quatro minutos e meio.
Numa canetada só complicou a vida de todo mundo. Como um programa pode sobreviver se não é chamado ou divulgado na própria emissora?
Acatou, certamente, a sugestão de alguém que não entende nada de televisão.
Um exemplo
Em todos os telejornais da TV Globo, nenhum intervalo comercial supera a marca de um minuto, um minuto e meio. Mais que isso, todo mundo sabe, derruba.
Pois bem, no SBT e Bandeirantes, os breaks nunca são inferiores a 5 minutos.
São muitas, e muitas vezes, maiores que os blocos de notícias. Não dá.
Já de algum tempo o telespectador tem na mão uma arma infalível. O controle remoto.
No que sentiu que está de bobo na história, muda de canal e pronto.
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